quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sessão Neurose 13

A Sessão Neurose de hoje vai especialmente para o amigo meu cuja neurose será citada aqui. O tema é Mania de Perseguição.

Este meu amigo que está sendo homenageado é um rapaz com grandes interesses no mundo virtual, um pequeno geniozinho curioso do computador. Mas como já disse Uncle Ben, grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
O meu querido amigo estava navegando calmamente pela internet numa bela tarde de verão, foi quando sua imensa curiosidade genial o fez (como muitos já fizeram) clicar num link e ver o que não devia. Não vou revelar o conteúdo do link, mas mesmo não sendo nada bom ou seguro de se saber, não era de grande gravidade.
Depois deste fatídico incidente esse rapaz acredita que mais dia ou menos dia alguma autoridade baterá em sua porta perguntando o que ele fez no verão passado (o que é um grande nonsense da parte dele). Todavia, ele se assusta frequentemente com barulhos de chuva na janela, telefones tocando e chamados de seu próprio pai. Outro dia ele me revelou que quase teve uma síncope ao ver um e-mail do Ministério em sua caixa de entrada... então ele olhou direito e percebeu que era o Ministério da Educação falando alguma porcaria sobre o Enem.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sessão Neurose 12

Depois de uma semaninha de férias longe das neuroses, voltemos com as sessões! O tema de hoje é uma junção de Mania de Limpeza com Entomofobia.

Conhecida muito querida minha, como qualquer mulher, teme baratas. Porém, ela guarda um aprendizado peculiar de sua infância: quando pegava um copo do armário da cozinha, sua mãe cheirava o interior dos copos, na intenção de descobrir pelo odor se alguma barata tinha passado por ali. Isso porque a casa em que morava na época tinha um certo problema com excesso de insetos indesejáveis.
Depois de mais velha, morando numa casa sem esse tipo de problema e devidamente detetizada, minha amiga continua com essa mania que herdou de sua mãe. A diferença é que a mãe dela não faz mais isso, mesmo assim minha amiga pratica o "farejamento de baratas" em todo lugar que ela vai. Mesmo depois de lavar os copos ela os cheira.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

No verão...


Saudades e Compreensão.

Nesse comecinho de ano eu estou com muitos planos. Na verdade eu os tenho há muito tempo já, mas agora que a possível realização está mais próxima minha ansiedade está maior. O plano principal é sair dessa cidade pela simples necessidade de evolução, necessidade de alcançar meus objetivos que por enquanto não estão por aqui. Eu ainda não estou certa de para onde irei, mas não será um lugar único por muito tempo, acho que por ter morado por dezoito anos no mesmo lugar (não apenas a cidade, mas também a casa) desenvolvi uma vontade nômade de estar em vários lugares diferentes.
Obviamente estou muito empolgada pois como já disse, espero por isso há tempos. Contudo, percebi que sentirei mais falta de certas coisas do que pensei que sentiria.
Cada vez que se conhece uma pessoa nova, conhece-se um pouco mais de si mesmo, daí vem o julgamento de gostar ou não daquele por enquanto desconhecido. Eu por exemplo tenho gostos muito peculiares, o que gera ações peculiares o que pode não aprazer muitas pessoas, isso fez com que durante esses anos poucas pessoas se tornassem fixas pra mim, em presença física ou apenas na lembrança. Num livro que não gosto muito tem a seguinte frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" - é uma frase extremamente válida na minha opinião, e por causa dela que me veio aquela dorzinha no peito ao perceber que vou ter que me distanciar daquilo que cativei com muito custo. 
Claro que contatos serão mantidos e pensamentos e sentimentos preservados, mas a distância física sempre é dolorida devido a impossibilidade de espontaneidade e ações imediatas, como por exemplo ler alguma coisa saudosa e não poder comentar com a pessoa querida naquele exato momento.
O meu saudosismo será daqueles que sabem o que gritar CONGA significa, daqueles que podem dissertar "O Rei Leão" a qualquer momento, dos que incluem o meu dialeto tão particular em suas frases (Kizanzy ange titi!), dos que me reconhecem pelas minhas inúmeras estranhezas mesmo sem saber o que elas significam (o que é ser um Balde pra você?), dos que entendem as parafrases dos vários filmes, desenhos e livros que conheço, dos que cantam loucamente as músicas que foram feitas para serem cantadas em alto e bom tom e também daqueles que apreciam a beleza de certas palavras e entendem porque algumas delas devem ser gritadas por aí, gerando até algumas competições de qual delas seria melhor. São muitas coisas para serem citadas, mas estão todas aqui na minha memória não tão boa.
Eu nem sei se os meus planos vão se concretizar tão rapidamente, mas ao pensar em todos os meus queridos e na possibilidade do afastamento, eu quis escrever isso que já escrevi para lembrar que devemos cuidar do que amamos em qualquer situação, não importa o que aconteça.